SHANGRI-LA ULAANBAATAR


A Mongólia é um dos grandes tesouros escondidos no mundo. O poderoso império fundado por Gengis Khan está aninhado no coração da Ásia, entre a Rússia e a China. É um país imenso, de natureza selvagem, sem saída para o mar, tendo no nomadismo e nas estepes sem fim sua maior singularidade. A porta de entrada da Mongólia é Ulaanbaatar. A simpática capital abriga a metade dos habitantes desse país famoso por ter uma das menores densidades populacionais do mundo e um céu tão cheio de vida que rende o apelido de “Terra do Eterno Céu Azul”. Pois foi exatamente pela capital Ulaanbataar que iniciei uma das viagens mais incríveis da vida. 


Ulaanbaatar se orgulha de mesclar o novo e o antigo.

Depois de um voo longo, via Doha com escala em Seul desembarquei na Mongólia. Embora a mítica da nação esteja atrelada ao seu afastamento, a capital recebe voos de PequimHong Kong, Busan, TóquioBangkokMoscouIstambulFrankfurt e Seul, de onde eu vinha.

 

Ulaanbaatar foi fundada em 1639. Iniciou como um importante centro budista nômade e por isso mesmo, antes de ter sua atual localização, mudou de lugar mais de 20 vezes até se estabelecer definitivamente na confluência de dois rios. Após dois séculos de domínio chinês, em 1911, com o colapso do Império Manchu, o país ganhou independência. Ulaanbaatar se tornou a capital da Mongólia e teve grande crescimento. Mas a história seguiu por caminhos cheios de curvas. Veio a ocupação soviética, em 1924, e o budismo foi proibido por questões politicas. No período socialista, nasceram grandes blocos habitacionais, até que em 1990, o país reconquistou sua liberdade e voltou a democracia. 


Templos budistas e arquitetura soviética convivem em harmonia na capital da Mongólia.

Hoje, Ulaanbaatar é uma cidade moderna e vibrante. Ostenta traços soviéticos na arquitetura e pitadas de memória chinesa, mas mantém seu estilo de vida tradicional, sua alma budista, seu espírito livre e recebe os visitantes com tremenda hospitalidade.


Praça Subhbaatar.

Reservei três dias para conhecer os marcos históricos de Ulaanbaatar, antes de ir para o Deserto de Gobi. A cidade é pequena e pode ser explorada a pé, em belas caminhadas, caso você escolha um hotel bem localizado. Aqui vai o pulo do gato. O Shangri-La Ulaanbaatar, além de estar no miolo desse caldeirão cultural, é simplesmente o melhor hotel da cidade. Escolher um bom hotel garante uma experiência diferenciada num novo destino.


O Templo Choijin fica em frente ao complexo do Shangri-La Ulaanbaatar.

Ao chegar no aeroporto, que fica bem distante do centro, um motorista do próprio hotel me aguardava com aquela plaquinha que traz conforto e alegra a alma. Um luxo essencial, especialmente num país em que a oferta de taxis é pequena. Após um trajeto de aproximadamente uma hora atravessei a imensa porta do hotel Shangri-La Ulaanbaatar, toda trabalhada em cobre, uma vez que a Mongólia abriga uma das maiores minas desse metal, em Oyu Tolgoi, no Deserto de Gobi.


Lobby do Shangri-La Ulaanbaatar.

Dois passos adiante e a imponência do lobby me surpreendeu. Ambiente elegante, com pé direito altíssimo, grandes lustres de cristal, piano de cauda e funcionários em trajes étnicos realçando o vínculo com a cultura mongol. 


Acomodações elegantes e espaçosas no Shangri-La Ulaanbaatar.

O hotel conta com 290 acomodações luxuosas, em várias categorias, desde 42 até 226 metros quadrados. A decoração dos quartos é sofisticada, com muita madeira em cores claras, ambiente em tons naturais e cama extremamente confortável. O banheiro é moderno, todo em mármore. As acomodações são servidas de roupão, pantufas e ótimos amenities. Pelos janelões, a vista do Parque Nacional de Diversões contornado pela montanha Bogd Khan embalava meus pensamentos. Eu estava na Mongólia mergulhando num sonho. 


Parque Nacional de Diversões pela janela do quarto.

O hotel tem a vantagem de estar conectado a um excelente shopping (onde os hóspedes têm uma academia muito bem equipada a disposição), de estar a poucos passos da praça Subhbaatar onde pulsa o coração da cidade, do Templo Choijin que hoje funciona como museu, do novo Museu Nacional Gengis Khan que exalta a história do Império do Mongol, da State Department Store que tem o sexto andar dedicado aos produtos nacionais (não deixe de prestar atenção ao cashmere da Mongólia) e a dois quilômetros do imperdível monastério budista Gandantechinlen.


Templo Gandantechinlen.

Já estive em vários hotéis Shangri-La no mundo (Inglaterra, Sri Lanka, Omã, Emirados Árabes, Tailândia, China, Myanmar, Japão, Austrália, Canadá, Turquia, França) por isso sou hóspede frequente e faço parte do Shangri-La Circle que dá direito a frequentar o Horizon Club Lounge, uma área exclusiva que oferece café da manhã, coquetel das 17 as 19 horas, bebidas ao longo do dia, salas de reunião por duas horas ao dia e check in/check out mais ágeis.


Horizon Club Lounge.

Mesmo tendo o mimo de um café da manhã exclusivo, servido com a habitual delicadeza asiática, não deixei de experimentar o buffet do Café Park com estações de comida da Mongólia, da China e internacional. Espetacular.


Café da manhã com várias estações. 

A gastronomia do hotel é excelente. O restaurante chinês Hutong é famoso na cidade e merece uma reserva. Seu prato clássico é o Pato a Pequim, entre tantos outros. Já o restaurante Naadam tem foco na cozinha da Mongólia, onde as carnes são o forte do cardápio, servindo também pratos da gastronomia ocidental, como massas e pizzas.


Restaurante Hutong.

Três dias nesse hotel incrível e muito bem localizado foram essenciais para meu primeiro mergulho na cultura da Mongólia e então tomei um avião para Dalanzadgad, com duração de pouco mais de uma hora para conhecer o Deserto de Gobi onde a vida nômade se espalha pelas estepes. Conto sobre minha experiência no deserto em uma matéria escrita especialmente para a revista Top Destinos, a qual postarei aqui em breve. Considerem conhecer a Mongólia. O país me encantou e ficou entre meus Top 10.


Deserto de Gobi, Mongólia.

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