BISHKEK, A CAPITAL DO QUIRGUISTÃO


Cidade pacata. Cercada pelas montanhas Tian Shan. Modesta. Pequena. E atualmente, pacífica. Curiosamente, divide espaço entre os russos que não largam o osso e os americanos que mantém uma base, desde 2001, para dar suporte às operações no Afeganistão. Mas, nem sempre foi assim. Esse povo guerreiro viveu reprimido, se escondendo nas montanhas, desde os tempos de domínio do irrascível Gengis Khan até as mazelas do ditador Lenin.

Bishkek tem menos de um milhão de habitantes. A capital Quirguistão pode ser facilmente visitada em um dia, a pé. E foi isso que fizemos. Contratamos uma guia para nos acompanhar numa caminhada das 9 da manhã até a hora do almoço. Perfeito. Tempo ideal para ter uma visão geral e ouvir um pouco mais sobre a história desse reino distante contada pela visão de uma jovem quirguiz de vinte e poucos anos, recém casada com um soldado americano que por ironia do destino não tinha mais  permissão para ficar no país. Eles estavam casados há seis meses e tinham ficado juntos apenas por uma semana depois do casamento. Então, ele teve que ir embora e ela, mesmo casada, não tinha permissão para entrar nos Estados Unidos. Eles estavam fazendo grande esforço para conseguir vistos para se estabelecer em Londres, um lugar neutro para ambos, mas não sabiam quando isso aconteceria.

Mundo louco. Como não temos guerras no Brasil, essa realidade nos parece muito distante e difícil de entender. Mas, infelizmente, existe e maltrata demais as pessoas que passam a ser tolhidas na sua liberdade de ir e vir.

ONDE IR EM BISHKEK

Por ser uma cidade relativamente nova, Bishkek não tem muitos lugares históricos. No entanto, não faltam monumentos de guerra e prédios soviéticos grandiosos ao redor da Praça Ala Too. É interessante apenas para se passar um dia e servir como ponto de partida para a exploração das montanhas.

Ao sair do centro, Bishkek se revela uma cidade muito singela.

Bishkek foi fundada em 1825, por um Khan do Uzbequistão, para servir como posto de recolhimento de impostos das mercadorias que circulavam pela região. Isso durou pouco mais de 40 anos. Logo os russos ocuparam o território e deixaram ali uma cidade projetada nos moldes czaristas com avenidas largas, construções sóbrias e grandes praças. Apesar de ser pequena, ela é imponente.

À noite, Bishkek praticamente não tem iluminação. Fique atento. Não se aventure pelas ruas após escurecer ou leve uma lanterna. A cidade é muito escura. Tem o chão irregular, esburacado. Fácil para levar um tombo.

No centro da capital do Quirguistão, grandes avenidas acompanham os prédios em estilo soviético.

Atrás do hotel Hyatt fica a Victory Square. A praça foi construída em 1985 onde havia um antigo mercado, para comemorar o final da Segunda Guerra Mundial e a vitória sobre a Alemanha. No chão, as datas 1941-1945 lembram o período da guerra, quando 30% da população do país morreu nos conflitos. No centro da praça há um monumento feito com três arcos de granito moldados na forma de uma yurta (cabana usada como moradia pelos nômades). Dentro da tenda há uma mulher desolada que perdeu alguém da família e se encontra sozinha em frente a uma chama eterna. Faz pensar na crueldade da guerra. Preço alto que se paga.

Victory Square.


Victory Monument.


Ainda na Praça da Vitória, outro monumento mostra um grupo de homens e crianças voltando vivos da guerra.

Pertinho dali, um circo, herança soviética que vi em todas as cidades por onde passei na Ásia Central. Arquitetura sempre igual, com cara de Disco Voador. 

Circo de Bishkek.

Mais alguns passos e, em frente ao prédio da Opera House, um monumento a Ali Tokombaev chama atenção. Esse poeta viveu no Quirguistão, de 1904 a 1988. Usava o pseudônimo de Balka. Foi o responsável pela troca do alfabeto arábico pelo cirílico. Eles também já usaram alfabeto latino. Os quirguizes agradecem aos russos pela educação do povo. Dizem que essa foi a melhor contribuição da União Soviética para o país. Por serem nômades, as crianças não eram alfabetizadas antes da influência russa. Hoje, o índice de analfabetismo no país é muito baixo.

Monumento a Ali Tokombaev em frente a Opera and Ballet House, um belo prédio neo-clássico que foge do padrão sisudo soviético.

Monumento ao poeta Ali Tokombaev.

Continuando pelo Oak Park logo aparece um grande obelisco de onze metros em granito avermelhado encimado por uma foice e um martelo em bronze. É o Monumento aos Soldados Mortos do Exército Vermelho em confronto contra a população local numa revolta ao comunismo. Uma inscrição diz: "Glória eterna aos que morreram pelo poder soviético". A batalha durou 8 dias, em 1918 e quase colocou abaixo o governo bolchevique. Chegou reforço de Almaty, Cazaquistão, para conseguir conter a revolta do povo. 

Monumento aos Soldados Mortos do Exército Vermelho.

Em pleno mundo islâmico e eis que surge um monumento dedicado a uma mulher. Kurmandjan Datka era líder de uma tribo. Ela viveu de 1811 a 1907. Teve muitas terras e era bastante respeitada como a guerreira que libertou o Vale de Fergana. O monumento foi feito em 2004, no Oak Park. 

Monumento em homenagem a Kurmandjan Datka.


Entre praças enormes e avenidas largas com prédios acinzentados, a caminhada continua. Para quem está de olho na sóbria arquitetura russa, a cidade não desaponta. E até surpreende. A Universidade Americana da Ásia Central ocupa um antigo prédio do governo, ao lado do Parlamento, desde 1997. A escola tem parceria com uma universidade de Nova York. Isso mesmo, uma escola americana. Considerada de excelente nível, ministra aulas em inglês e russo. É a primeira universidade da Ásia Central a funcionar com sistema de créditos como as escolas norte-americanas. Um privilégio para o Quirguistão ter uma das mais conceituadas universidades da Ásia Central. O capítulo do comunismo virou passado. Para a frente é que se anda. 

Universidade Americana da Ásia Central.


Além da Universidade Americana da Ásia Central, que é considerada a melhor e mais cara do país, Bishkek também tem a Universidade Internacional do Quirguistão. Educação é uma prioridade do país. 


Universidade Internacional do Quirguistão.

Ao lado da Universidade Americana da Ásia Central fica o antigo prédio do Parlamento com suas gigantescas colunatas brancas. Uma avenida muito larga separa o prédio da Estátua de Lenin. Ela foi recentemente transferida da Praça Central Ala Too para a Antiga Praça da Casa do Parlamento.

Antigo Parlamento de Bishkek.

E lá está Lenin na Antiga Praça do Parlamento. 

Lenin aos poucos vai perdendo prestígio. Ainda não saiu de circulação. Mas, seu antigo pedestal foi ocupado por Manas, no dia 31 de agosto de 2011, data comemorativa dos 20 anos de independência do Quirguistão. Esse sim, é um verdadeiro herói épico, genuíno do Quirguistão. Símbolo da união nacional e da liberdade. Muito conhecido por suas narrativas heróicas que mesclam realidade e fantasia. Suas lendas, guardadas em 3 grandes volumes de uma trilogia, viraram febre nacional. É a maior história épica do mundo. Há concursos pelo país todo para ver quem declama melhor os versos de Manas de forma ritmada.

Lenin perdeu o posto para Manas, na praça Ala Too, em frente ao Museu Histórico do Quirguistão.

Na Praça Filarmônica tem outra escultura de Manas montado em seu cavalo Akkula lutando contra uma cobra gigantesca. Essa é a escultura mais interessante da cidade. Chama-se Liberdade e fala sobre esse cavaleiro que foi um herói para os quirguizes, ao unir vários clãs do Quirguistão contra clãs inimigos. Ela fala sobre a celebração de manter o povo unido. 

Hall da Orquestra Filarmônica e a Estátua de Manas.

Atualmente, o país é uma república democrática. Desde que se tornou independente da União Soviética teve duas revoluções, em 2002 e 2010, causadas pela insatisfação do povo com os presidentes eleitos. Nas duas situações, houve revolta do povo e os presidentes caíram. Em 2002, a polícia abriu fogo, no vilarejo de Aksy, em nome do presidente. Morreram seis pessoas e outras 50 ficaram feridas. O episódio de 2010 ocorreu na praça Ala Too e foi mais grave, morreram 86 pessoas, além de centenas de feridos. 

Um monumento de sete metros de altura, muito interessante, foi feito com dois blocos de mármore, um branco e outro preto. Um grupo de pessoas empurra o bloco preto para que o ruim saia e dê lugar ao branco, novo. Simboliza a vitória do bem sobre o mal. Ou seja, a saída do presidente corrupto e a entrada de um novo governante, com a esperança de novos tempos. A situação agora é estável. Mas, esse sossego tem menos de cinco anos. Que a paz reine para sempre.

Monumento em Memória aos Mortos nos eventos de 2002 e 2010.

A alguns passos dali fica a Casa do Governo, "White House". Mas, o presidente atual não mora ali. Na última revolução, o prédio foi invadido pela população e ficou bastante destruído.

Casa do Governo do Quirguistão.

Também é interessante visitar o Museu Histórico do Quirguistão acomodado num cubo de mármore branco que fica no centro da praça Ala Too. O museu é cercado por belas fontes e abriu suas portas em 1984. À princípio, foi criado para homenagear Lenin. Realmente guarda belo acervo dessa época. Mas, agora, um dos andares é dedicado ao povo soviético enquanto que o outro mostra a trajetória do povo Quirguis, a chegada das tribos nômades vindas da Sibéria e sua convivência com outras tribos de origem persa. Pena que não seja permitido fotografar o interior do museu.

Do lado de fora, no inverno, é possível acompanhar a troca da guarda a cada duas horas. Já, no verão, devido ao calor, a cerimônia não acontece. 

Museu Histórico do Quirguistão.

Para finalizar a caminhada, antes de se perder no Osh Market, vale a pena prestar atenção ao Monumento da Amizade feito para comemorar os 100 anos do Quirguistão como parte da União Soviética. O monumento de 28 metros de altura tem duas grandes asas que sobem de um grupo de treze figuras que simbolizam a amizade entre soviéticos e quirguizes.

Monumento da Amizade.


O gran finale na visita à Bishkek é o passeio pelo Osh Bazaar. Os mercados são uma tradição no país. E, esse, em especial é enorme e movimentado. Vende de tudo com preços mais amigáveis do que nas lojas e supermercados. Então, fazer compras ali é parte do dia-a-dia dos moradores da cidade. O mercado é dividido em alas que vendem alimentos, especiarias, roupas, sapatos, utensílios domésticos, materiais de construção, selas de montaria, souveniers... Entre uma compra e outra, os quirguizes param para tomar alguma das bebidas fermentadas típicas do país feitas de milho, trigo ou leite de égua. É preciso ficar esperto com a carteira e o celular. 



Osh Market.

UM RESTAURANTE INESQUECÍVEL 

O melhor restaurante que conheci na Ásia Central foi o Supara. Imbatível. Espetacular. Comida tradicional do Quirguistão servida em um restaurante cheio de tendas e yurtas. Reserve uma yurta e peça tudo que tem direito sempre regado à muita vodka nacional, que eles dizem ser melhor do que a russa. Comece com os pães. Maravilhosos. O Kattama é um pão folhado com cara de pão da vovó, segundo os quirguis. O Gupka é como uma pizza branca para comer com um tipo de requeijão feito por eles. E, os pequeninos Boorsoks são quadradinhos de pão frito. Depois peça saladas e kebabs. Tudo sempre acompanhado de chás feitos num samovar lindo que fica na entrada da yurta. Esse restaurante é um pouco afastado do centro da cidade e precisa de reserva.

 Restaurante Supara.

 Os pães e as saladas são deliciosos no Quirguistão

 Nada como ter amigos do outro lado do mundo

Kebabs deliciosos chegando à mesa.

Uma visita especial durante o jantar, uma águia e seu treinador

Outros restaurantes bons no centro de Bishkek são: Tubeteika de comida quirguis, recém reformado. De cozinha internacional Four Seasons e Belle Italia para comida italiana. Arzu, bem tradicional, cozinha local. Alguns dos pratos nacionais são Nanty, Lagman, Ganfan, Besh Barmak e Kurdak quase todos feitos com carnes e arroz ou massa ou batata. Carne de cavalo não é tão consumida no país como no Cazaquistão. 

MELHOR ÉPOCA PARA IR

Opte por ir nos meses de temperatura mais amena. Nas montanhas há neve eterna e a temperatura no inverno chega a -20 graus, em dezembro e janeiro. Bem friozinho. O verão é muito quente. Julho e agosto faz mais de 30 graus. O ideal é ir nos meses intermediários: abril, maio, junho, setembro, outubro e novembro. Fui em outubro de 2014 e peguei excelente temperatura.

IDIOMA

Quirguiz, russo e alguns dialetos. Inglês é falado nos hotéis e por poucas pessoas, geralmente os mais jovens.

MOEDA LOCAL

Som quirguiz (KGS) Troque dinheiro assim que chegar no país. É preciso usar cash. Pouquíssimos lugares aceitam cartão. 1 som = 0,05 centavos de real. (cotação de janeiro/2015).

RELIGIÃO

A maioria dos quirguizes, ao redor de 75%, são muçulmanos. A igreja ortodoxa russa também deixou seguidores.

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA ENTRAR NO PAÍS

O Quirguistão é muito amigável apesar de se ouvir pouco sobre ele. Tem boa infra-estrutura turística. Para emitir o visto é necessária uma carta-convite que é emitida pelo próprio hotel ou por uma agência de turismo local.

INDICAÇÃO DE AGÊNCIAS DE VIAGEM

A Kyrgyz Concept ajuda em tudo. Nos passeios e no visto. Tem uma dentro do hotel Hyatt Regency. www.concept.kg

Também tem outra agência, que é considerada a maior do país. Aksai Travel. www.ak-sai.com contato: + 996 312 90 93 57

INDICAÇÃO DE GUIAS

Fiz um tour de quatro horas pelo centro da cidade, caminhando. Bishkek é uma cidade pequena e pode ser facilmente percorrida a pé numa manhã ou numa tarde. Adorei a guia Ekaterina Ivanova que fala um bom inglês. O telefone dela para contato é +996 556 033659, e-mail para contato katrin1290@inbox.ru

Também gostei da guia Olga Dragovskaya que me acompanhou pelas montanhas dos arredores de Karacol e fala espanhol. Telefones para contato: + 996 773 255532 ou + 996 550 287548. O e-mail dela é alondra@list.ru.

Pelas ruas da cidade, encontrei um casal de portugueses acompanhado de um guia que falava português. Não usei os serviços dele, mas encontrei o casal em várias cidades da Ásia Central circulando com esse guia o tempo todo. O nome dele é Yasin. Telefone: +998 935 521072. E-mail: yasin_mundo786@yahoo.es

O valor cobrado pelas guias é entre 20 e 30 dólares por dia.

INDICAÇÃO DE HOTEL

Hyatt Regency Bishkek. Um hotel muito bom, bem localizado, com excelente café da manhã, serviço atencioso e tem uma agência de turismo dentro dele que pode agilizar sua viagem às montanhas.

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Booking.com

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COMENTÁRIOS

  1. Excelente blog. Nao fui ainda lá, mas depois de algumas prioridades quem sabe nao irei ?
    gosto muito de viajar e acompanho varios blogs a respeito.
    obrigada

    Rosangela

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  2. Obrigada pela visita ao blog, Rosangela. Amei ver você por aqui. Esse mundo é cheio de lugares lindos. A lista de prioridades nunca acaba. A minha é enorme.

    Beijos

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  3. Amei seu blog Claudia e que lugar bonito eu ainda não conhecia, seu conteúdo realmente é muito bom e isso é que faz a diferença na internet, da uma vontade de viajar.

    Estou também com um projeto novo o Mundo Peregrino e abordo sobre viagem, arte, arqueologia e etc, gosto muito de falar sobre lugares interessantes e bonitos.

    Edson - Mundo Peregrino
    http://www.mundoperegrino.com.br

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  4. Parabéns pelo post sobre o Quirguistão! Fiquei muito interessado em conhecer. Gostei da história deles terem tirado dois presidentes. Realmente é um povo guerreiro e que luta pela sua liberdade.

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  5. O Quirguistão ainda é pouco conhecido dos brasileiros. Mas, tem grande potencial turístico. O país é belíssimo.

    Obrigada, Wesley. Volte sempre.

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  6. Sou professor de Geografia e adorei saber um pouco sobre essa cidade tão longínqua. Obrigado por compartilhar essa experiência!

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  7. Parabéns Cláudia por dar informacões tão detalhadas! Estou planejando ir lá e vou tentar seguir tudo.
    Muito obrigada

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  8. Parabéns Claúdia pelo texto e pelas muito boas dicas e indicações que nos dá ! Também gosto muito de viajar e o seu texto deixou-me com muita curiosidade sobre o Quirguistão. Sendo português, residente em Lisboa, Almada, talvez me seja mais fácil lá ir ! Obrigado.

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    1. Os europeus são os visitantes mais frequentes no Quirguistão.
      Vale a pena conferir a riqueza cultural desse povo.
      Boa viagem José Luis

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  9. Andando pelo Quirguistão, você pode observar que muitas casas tem a cobertura(geralmente com ponto alto por conta da neve) como que vazada. A intenção é aquecer durante o dia a laje de forro permitindo fluxo de ar aquecido pelo sol. Em raríssimos casos as aberturas laterais tem coberturas móveis como que escamoteáveis permitindo controle da temperatura. Em alguns lugares ainda se vê alguma coisa soviética além de estátuas de Lenin como o desenho da marretinha com uma foice. Foi o lugar que eu mais vi carros audis antigos. São coisas pitorescas deste mundão. Se algum dia você viajar por uma rodovia da Jordânia, da doce Jordânia, você só vai ver caminhões mercedes, os actros, os axxor...etc...etc... Fiquemos todos com Deus...:)

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  10. Adorei estas informações, inclusive os contatos,parabéns,ganhou uma seguidora.

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  11. boa tarde
    chamo me Armindo Chembane sou Mocambicano
    gostei do blog

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  12. Boa tarde
    Gostaria de saber se preciso de algum visto para entrar no Quirguistão?
    Estou indo viajar a trabalho e fico por aproximadamente 01 semana.

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    1. Sim, Davi, é necessário visto para entrar no Quirguistão.
      Consulte as regras no site da Embaixada ou Consulado do país.

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