ÍNDICO BLUE
Ilhas intocadas brilham no leste da África feito uma caixinha de joias que guarda alguns dos tesouros mais remotos, ritzy, cool e blue do planeta, inspirando mergulhos fora do óbvio. Ali a serenidade do oceano Índico ecoa por milhas e milhas – do arquipélago de Bazaruto (Moçambique) a Zanzibar (Tanzânia), passando por Madagascar, Seychelles e Maurício - sem se encontrar com os ruídos da vida moderna
Verdadeiramente isolados e com jeitinho de volta no tempo, esses paraísos não economizam na combinação sedutora de sossego, autenticidade e uma beleza natural inacreditável em tons de azul, além de ter hotéis surreais; por isso mesmo, despontam como trend, sendo cobiçados por quem busca experiências especiais em águas insólitas.
POESIA EM TONS DE AZUL
- Moçambique, Bazaruto -
A mão da natureza nunca foi tão caprichosa. Plantou o arquipélago de Bazaruto no canto mais deslumbrante do oceano Índico e enfeitou o mar com uma miríade de cores. Um lugar onde o azul do oceano não é apenas um detalhe óbvio, e sim a alma de uma paisagem que parece flutuar entre o céu e a terra, indiferente aos tons acinzentados que eventualmente sacodem o país. Pois foi com essa “pintura” que a costa de Moçambique despontou como hit africano. Bazaruto é tanto o nome do arquipélago, como da maior das cinco ilhas (possui 35 km de comprimento por 7 km de largura), juntamente de Benguerra, Magaruque, Bangue e da pequenina Santa Carolina, onde Bob Dylan ficava longos períodos hospedado e onde compôs a música “Mozambique”. Por ter um ecossistema riquíssimo, o local foi declarado Parque Nacional, em 1971.
Diretamente do aeroporto de Vilanculos, a ligação até os melhores hotéis da região é feita de helicóptero. O voo revela uma obra de arte que desafia as descrições. As águas têm uma clareza quase sobrenatural, alternando entre tons azul-turquesa, verde-esmeralda e dourado – reflexo das dunas e dos bancos de areia que emergem como esculturas moldadas pelo vento e pelos suspiros da maré. A beleza atravessa a linha d’água e revela corais vibrantes povoados por cardumes multicoloridos, tartarugas, golfinhos e para aqueles com sorte, dugongos – criaturas quase míticas (primas do peixe-boi) que deslizam pelo oceano como um segredo do Índico. Tive sorte.
Nesse cenário de beleza desconcertante está o Kisawa Sanctuary, um refúgio ultraexclusivo, na ilha de Benguerra, que veio ao mundo para redefinir o conceito de luxo, incorporando não apenas conforto e sofisticação, como também uma tremenda integração à paisagem natural. Tanto que o hotel foi projetado para “desaparecer” na natureza ao mesmo tempo em que eleva a estadia a um nível quase transcendental. Pertinho dali, na Ilha de Bazaruto, é o Anantara que rouba a cena e dialoga com a cultura local ao se espalhar por uma imensa praia de areia branca que acolhe o vaivém da comunidade. A população gira ao redor de 3 mil pessoas. Eles são simpáticos e têm o português como idioma oficial – o que facilita a comunicação com o s brasileiros - mesmo que no país se falem mais de 20 línguas. No fim, o que o arquipélago de Bazaruto oferece é a oportunidade de voltar ao essencial. De escutar o som do vento. De andar de pés descalços. De viver o “aqui e agora”.
ONDE FICAR
Kisawa Sanctuary: uma combinação de oito residências de um, dois, ou três bangalôs impecáveis, espalhadas por 300 hectares da ilha de Benguerra, que traduz o propósito de unir a natureza selvagem com o bem-estar. Para circular pela propriedade cada suíte tem o próprio Mini Moke, um jipe elétrico que pode ser dirigido pelo hóspede ou pelo mordomo. Para confirmar a hospitalidade personalizada, já na chegada sua playlist favorita o recebe. No mais é decupar o mar, curtir sua praia particular, seu deque ao ar livre com piscina de borda infinita, seu bangalô estupendo, sem deixar de fora o premiado spa e os restaurantes maravilhosos.
Anantara Bazaruto: um resort rústico-chique, na ilha de Bazaruto, localizado a 30 quilômetros da costa de Moçambique. Suas 44 villas são amplas, confortáveis, e foram cuidadosamente projetadas com o aproveitamento de elementos naturais - algumas têm piscina privativa. A gastronomia privilegia os frutos do mar trazidos pelos pescadores da comunidade local. Aliás, os moradores da ilha têm papel importante na vida do resort, em atividades como sandboard, piquenique nas dunas, mergulho, pesca e passeio de barco. Destaque também para o spa posicionado no alto de uma colina, com vista de 360 graus.
ENTRE O PASSADO E O PARAÍSO
- Tanzânia, Zanzibar -
Há lugares que ecoam memórias e histórias das mil e uma noites. Lugares onde o vento sopra séculos de passado até encontrar o presente, ou melhor, o paraíso. O místico arquipélago de Zanzibar, na Tanzânia, é um deles.
Com praias saídas de um devaneio tropical e uma trajetória entrelaçada ao comércio de especiarias - tanto que já foi conhecida como Ilha das Especiarias -, agora transita numa mistura afro-árabe capaz de seduzir os olhares mais desatentos com sua aura única. O encantamento vai das ruelas labirínticas de Stone Town, o coração histórico e cultural da ilha, reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, às águas azul neon de sua costa enfeitada de corais. Entre aromas de cravo e cúrcuma, goles energéticos de chá de gengibre, chamados do muezim, mulheres em trajes islâmicos coloridos e o som melancólico do taarab, é o idioma suaíli que dá o tom.
É provável que a expressão Hakuna Matata já tenha chegado aos seus ouvidos. Significa “sem problemas”, na língua africana, e ficou famosa com o filme da Disney, O Rei Leão. Ao pisar no país, esse mantra reverbera a filosofia de aproveitar a beleza do momento presente e deixar as preocupações de lado.
Zanzibar também foi a terra natal de Freddie Mercury, vocalista da banda Queen, e o museu está lá para contar a história do astro. Ao norte de Unguja, a ilha principal do arquipélago, popularmente chamada de Zanzibar, as praias de Nungwi e Kendwa impressionam pelo cenário paradisíaco contornado por bancos de areia. Os dias por ali se passam entre ombrelones e espreguiçadeiras. A vibe é de descanso em meio ao vaivém da vida local. É onde repousa o hotel kilindi criado originalmente por um dos integrantes do grupo ABBA.
Ao entardecer, os dhows – veleiros fabricados com mogno africano e usados para pesca – enfeitam o horizonte alaranjado enquanto músicos locais, beach boys e apresentações de acrobacia se encarregam do entretenimento. Para quem busca exclusividade total, a ilha de Mnemba, a 4 quilômetros da costa, entrega o auge da sofisticação despretensiosa. O lodge é um refúgio de isolamento pé na areia. Se o que você quer é uma ilha só para você, achou.
No fim das contas, Zanzibar é um sussurro do passado que deságua no presente. É uma experiência que se sente na pele, no cheiro das especiarias, no contato estreito com a natureza, na sombra dos baobás, no barulho das ondas, no rastro dos sultões de Omã e nos sorrisos contagiantes que abrem o caminho. É um destino dos sonhos mergulhado no infinito azul do Índico.
ONDE FICAR
andBeyond Mnemba Island: se existe um paraíso secreto na Tanzânia é o Atol de Mnemba. E foi exatamente nessa ilhota localizada a 4 quilômetros da costa nordeste de Zanzibar que nasceu o refúgio mais romântico e exclusivo da região, com apenas 12 “bandas” rústico-elegantes à beira-mar. Cada uma delas mimetiza uma concha plantada na sombra de uma pequena floresta de pinheiros. Chaves, não têm. Sapatos, não são necessários. Ali o conceito de barefoot luxury atinge sua máxima potência, ao ser atrelado ao cuidado com o meio ambiente. Nada de televisão ou distrações desnecessárias. Tudo que for necessário estará incluído na diária, desde mordomo, minibar completíssimo, refeições e lavagem de roupas até mergulho de profundidade. Aliás, um encontro imperdível com peixinhos de todas as cores, tartarugas e quem sabe, golfinhos.
Elewana Kilindi: esse hotel-boutique se espalha por 20 hectares de jardins topicais, no alto de uma colina da costa noroeste da ilha de Zanzibar, de frente para a famosa praia de Kendwa. Foi construído por Benny Andersson, um dos membros do grupo sueco de música pop, ABBA. Tem forte conexão com a cultura local, uma vez que está debruçado sobre um vilarejo de pescadores. Isso pode ser percebido facilmente durante as refeições, que incluem frutos do mar frescos preparados com abundância de especiarias. Seus 15 bangalôs de cúpulas brancas foram inspirados na arquitetura árabe minimalista e são verdadeiros oásis de tranquilidade. Todos têm piscinas privativas e chuveiros externos. O pôr do sol acontece na linha do horizonte entre o vaivém dos dhows e o recolher da comunidade local.
LONGE DE TUDO, PERTO DO CORAÇÃO
- Madagascar -
A grandiosidade dos cenários de Madagascar - a quarta maior ilha do mundo e também a menos visitada do Oceano Índico – privilegia o sossego, aguça os sentidos e nos aproxima de nós mesmos, a ponto de tocar o corpo e a alma.
Se o mar que colore a silhueta da ilha principal e das tantas ilhotas periféricas é uma absurda fonte de inspiração para uma viagem, são os baobás e os lêmures que preenchem o inconsciente coletivo de quem pensa nessa terra distante. Tanto que a Alameda dos Baobás, nos arredores de Morondava, foi eternizada pelo escritor Saint-Exupery no livro O Pequeno Príncipe e o filme infantil Madagascar produzido pela DreamWorks Animation foi um estouro de bilheteria ao revelar ao mundo um pouquinho da personalidade do país.
Um lugar que parou no tempo quando seu território se separou do subcontinente indiano há mais de 80 milhões de anos, permitindo que seu ecossistema se desenvolvesse de modo único - 85% de sua fauna e flora considerados endêmicos, ou seja, só tem lá. É o caso dos lêmures, que dizem ser os ancestrais do macaco e que se desdobram em mais de cem espécies. Uma maneira de chegar pertinho deles é voar até a ilha de Nosy Ankao, um dos lugares mais remotos em que já tive o privilégio de desembarcar, com acesso apenas de helicóptero. É onde está localizado o espetacular Miavana by Time + Tide – um hotel de luxo pé na areia, com serviço digno de nota, que está mais para Côte d’Azur do que para o estilo Out of Africa –, que faz um belo trabalho de preservação da espécie, além de proporcionar encontros casuais com camaleões, mergulhos entre paredões de corais e uma simpática convivência com a comunidade malgaxe. Mas não para por aí.
Outro tesouro de Madagascar é a ilha de Nosy Komba, meca do mergulho e rota de baleias. Ela é pavimentada por uma floresta tropical densa que aninha o charmoso hotel Tsara Komba. O acesso é feito de barco, partindo de Nosy Be. E se por acaso o wi-fi não chegar, agradeça, desconecte-se e aproveite o contato estreito com a natureza para revitalizar o corpo e elevar o espírito.
ONDE FICAR
Miavana by Time + Tide: um hotel estonteante instalado na convergência da natureza selvagem com o luxo responsável, o que inclui suporte a comunidade local e preservação do meio ambiente. Tem 14 villas imensas - projetadas pelos arquitetos sul-africanos Silvio Rech e Lesley Carstens - de design contemporâneo, com mobiliário em tons “Tiffany”, chuveiros ao ar livre, piscinas privativas e um serviço impecável, com direito a mordomo e um carrinho elétrico para cada uma. A gastronomia é ponto alto, assim como a seleção de vinhos da adega. Não deixe de fora do roteiro: mergulho, passeio de quadriciclo e safari para encontrar os lêmures.
Tsara Komba: outra propriedade do grupo Time + Tide, criado por Thierry Dalais com o propósito de preservar lugares singulares no mundo. No noroeste de Madagascar, esse oásis com apenas oito acomodações, trabalhadas em madeira e palha, fica na ilha de Nosy Komba, a 30 minutos de barco de Nosy Be, numa floresta tropical que se debruça sobre um mar cristalino que oferece bela oportunidade de mergulho. No entorno também estão as ilhas de Nosy Iranja, famosa por seu longo banco de areia, e Nosy Tanikely, lar de baleias-jubarte de junho a setembro.
PINTA LÁ
- Mauritius –
Como uma aquarela pintada à mão, esse arquipélago de origem vulcânica, isolado a dois mil quilômetros da costa africana, esnoba uma paleta vibrante deixando claro que os tons de azul não são todos iguais. As Ilhas Maurício se desdobram num êxtase cromático capaz de desvendar nuances profundas. Protegidas por recifes de corais, suas águas impressionam com a presença das criaturas mais gentis e monumentais dos mares. O desfile das baleias-cachalote é um espetáculo que supera qualquer expectativa, e poucos destinos no mundo oferecem a possibilidade de vê-las durante o ano inteiro. Segui os ensinamentos de Dali Lama e mergulhei numa aventura inédita. Só esse encontro ancestral já justificaria a viagem às Ilhas Maurício.
No entanto, o leque se abre. Próximo da costa sudoeste, um fenômeno ótico desafia a lógica. É a “cachoeira subaquática” de Le Morne. A ilusão causada pelo movimento da areia no fundo do oceano cria a falsa impressão de haver uma cascata fluindo para as profundezas. Fica claro que o mar é um dos maiores encantos desse arquipélago cujo nome foi dado em homenagem ao príncipe Maurício de Nassau, pela Companhia Holandesa das Índias Orientais, uma vez que foi ponto estratégico para o comércio marítimo entre a Europa e a Ásia. Mas sua força transcende o mar, avança por terra e compactua com o blend cultural, numa história bordada com fios de influência africana, árabe, indiana, holandesa, britânica, francesa e chinesa.
Para sentir a alma desse país - que abriga pouco mais de um milhão de habitantes, em 58 quilômetros de extensão de norte a sul, e que ostenta o maior IDH da África - é preciso conhecer a capital Port Louis, circular pelos vilarejos coloridos, viver a intensidade dos mercados, provar a gastronomia cheia de personalidade, experimentar o rum artesanal, sentir a energia dos tantos templos hindus – destaque para o Grand Bassin, onde acontece o festival hindu mais importante fora da Índia - e visitar a Terra das Sete Cores, em Chamarel, onde dunas de origem vulcânica criaram uma paisagem surreal.
Escolher uma praia paradisíaca para ficar hospedado e ter o privilégio de um hotel pé na areia são a certeza de uma experiência estarrecedora. Na icônica praia de Trou d’Eau Douce, o Shangri-La Le Touessrok reabriu recentemente as portas depois de uma grande renovação. Um pouco abaixo, também do lado leste da ilha é o Four Seasons Resort Mauritius at Anahita que encanta com belas villas plantadas numa península particular. E no fim do dia, quando o sol escorregar lentamente pelo horizonte, baterá forte a sensação de que por ali, o tempo dança em outro compasso. Desacelerar é a senha para entrar no ritmo, deixar os barulhos da vida de lado e apreciar o presente.
ONDE FICAR
Shangri-La Le Touessrok: em uma das praias mais bonitas da ilha, o hotel mescla acertadamente linhas de elegância contemporânea com a essência da cultura mauriciana, desde suas 182 suítes com terraços panorâmicos até as 3 villas com piscinas de borda infinita, repaginadas recentemente e cotadas entre o que há de melhor em Mauritius. A grande joia do hotel é a ilha particular, Ilot Mangénie, um refúgio acessível de barco, apenas aos hóspedes, onde a areia é intocada, o mar brilha num azul que chega a ofuscar e o serviço de beach butler garante que cada detalhe seja memorável. Seus cinco restaurantes estão entre os melhores da ilha, destaque para o indiano Safran e para o japonês Kushi. O Chi, The Spa não pode ficar de fora e, se golfe for o seu esporte, aproveite os dois campos profissionais de 18 buracos para dar boas tacadas.
Four Seasons Resort Mauritius at Anahita: aninhado em uma península particular, num reduto de quietude entre uma lagoa espetacular e muita vegetação tropical, o hotel afirma o conceito de exclusividade com 90 villas de um quarto, com piscinas privativas, a maioria delas pé na areia. Cada hóspede recebe uma bicicleta para circular pela imensa propriedade, para ir ao spa e a um dos sete restaurantes, que focam nas cozinhas asiática e italiana, e na gastronomia local com toque sofisticado. É possível também aproveitar o campo de golfe de 18 buracos, na Ile aux Cerfs, desenhado pelo célebre jogador Ernie Els. Aliás, qualquer experiência que você queira, dentro ou fora do hotel, será preparada pelo concierge sob medida. Aventure-se em uma cooking class para criar seus próprios pratos picantes típicos da cozinha mauriciana, num quiosque dentro da horta de especiarias.
BELEZA EXTREMA
- Seychelles –
Parece filtro. As cores saltam como em cartões-postais - naturalmente saturados - seja no azul-turquesa do mar, seja no verde-esmeralda da vegetação. No entanto, Seychelles é mais do que um destino de cartão-postal. É história, é mistério, é cultura, é uma explosão de beleza natural e vida marinha.
Desde os antigos navegadores árabes aos exploradores europeus, desde a irreverência dos piratas até a chegada de Darwin e, mais tarde, em 1970, do lendário oceanógrafo Jacques Cousteau, o arquipélago escondido entre rochas de granito sempre exerceu um fascínio irresistível. Um caldeirão multiétnico que deságua numa identidade singular – do crioulo cantado nas ruas à gastronomia exótica - como a famosa iguaria chauve-souris rôties, preparada com morcego de fruta e especiarias.
Quem desembarca em Seychelles tem um conjunto de 115 ilhas para explorar, justo abaixo da Linha do Equador, e uma gama de possibilidades, como mergulhar com tubarões-baleia migratórios, encontrar centenárias tartarugas gigantes, segurar a semente de um coco-do-mar com mais de 20 quilos, acordar assustado com a algazarra noturna dos wedge-tailed shearwater alimentando seus filhotes ou simplesmente caminhar à beira de um mar cristalino e deixar o sol lamber a pele. Mahé - onde fica a capital Victoria - é a principal, maior e mais populosa das ilhas, seguida por Praslin e La Digue. Na verdade, poucas ilhas são habitadas. E é exatamente aí que está o grande fetiche. Um refúgio secreto, idílico, de mood relax, com menos de cem mil habitantes. Tem a menor população da África, mas o segundo maior IDH, atrás apenas de Mauritius.
Fácil entender por que a alta-costura da hospitalidade desembarcou ali. O Cheval Blanc, símbolo máximo do savoir-fairefrancês, abriu espetacularmente as portas na praia de Anse Intendance, considerada a mais bonita de Mahé. Em Felicité, o Six Senses Zil Pasyon, única propriedade da ilha, entrega uma experiência sensorial completa do alto de rochas graníticas que exalam uma energia quase palpável. Já em Desroches, um anel de areia branca, com 10 quilômetros de praias desertas, espera para uma imersão sob a tutela cuidadosa do Four Seasons.
É na fuga do óbvio, na potência do espaço e no ritmo desacelerado que está o verdadeiro luxo desse arquipélago. Porque Seychelles não é apenas um destino. É um estado de espírito.
ONDE FICAR
Cheval Blanc Seychelles: a marca, que por si só é referência de luxo desde 2006, acaba de abrir uma nova “Maison” em Mahé, na praia de Anse Intendance, com 52 villas idílicas distribuídas entre o mar e a montanha. O ex-Beatle, George Harrison já foi dono da propriedade. O projeto, assinado por Jean-Michel Gathy, absorve as tradições do arquipélago ao mesmo tempo que agrega o ápice da sofisticação. Destaque para o trabalho do artista malgaxe Joel Andrianomearisoa e para a gastronomia elevada a patamar de experiência sensorial em cinco restaurantes divinos. O espaço Le Carrousel revela que as crianças são muito bem-vindas; já o spa, desenvolvido pela Guerlain, encarrega-se de mimar os adultos. A atenção meticulosa, inclusive com mordomo, torna a jornada uma obra-prima da hospitalidade.
Six Senses Zil Pasyon: esse retiro eco-chique ocupa um terço da ilha Felicité, com 30 villas e três residências, todas com piscinas privativas. No mais, área de preservação. Que “felicidade” ficar hospedado em um resort tão exclusivo, atento ao meio ambiente e focado em wellness. O spa integra cinco salas de tratamento e saunas construídas entre rochas de granito, além de ter uma das piscinas mais cobiçadas do Índico. Aliás, o mar que cerca a ilha é como um aquário, um convite ao mergulho. Ao cair do sol, vale tomar um drinque no Koko Bar, fazer uma degustação de vinhos ou subir ao ponto mais alto da ilha para viver uma experiência personalizada. E para confirmar o cross da herança africana, asiática e europeia na gastronomia, o Island Café e o Ocean Kitchen entregam pratos sofisticados.
Four Seasons Resort Seychelles at Desroches Island: o verdadeiro significado de exclusividade. O resort é acessado apenas pelo avião particular do Four Seasons, num sobrevoo cênico de 35 minutos partindo de Mahé sobre o mar cristalino de Seychelles. Depois disso, cada hóspede recebe uma bicicleta para explorar esse refúgio tropical rodeado por 10 quilômetros de praias desertas e um rico ecossistema marinho. E se a preguiça bater, chame um carrinho elétrico. O design das 71 villas é elegante e dialoga com a vegetação exuberante dos jardins privativos. A gastronomia, por sua vez, combina ingredientes locais com contorno contemporâneo. Para os que buscam uma imersão aquática, o resort oferece um dos mais completos centros de mergulho da região. Um lugar onde o oceano é seu jardim particular.
Para organizar sua viagem por esses destinos, entre em contato com TERESA PEREZ TOURS
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