O QUE VER EM COLOMBO, NO SRI LANKA


A fama maior do Sri Lanka é sua beleza natural. O país é perfeito para uma roadtrip e certamente sua chegada será pela capital comercial do país, Colombo (a capital política é Sri Jayawardenapura-Kotte). Mas, não caia no erro de fazer de Colombo apenas uma porta de entrada. A cidade portuária tem muito a oferecer, diz muito sobre a cultura local em seus mercados, templos e arquitetura com influência do cruzamento de tantos povos que por aqui passaram. Pode acreditar! Colombo é surpreendente. Programe pelo menos dois dias na cidade.

Templo Budista de Colombo.

ENCARE O CAOS

Colombo é a maior cidade do Sri Lanka. Fica do lado oeste da ilha e tem ao redor de três milhões de habitantes. Como cheguei já ao entardecer no Aeroporto Internacional Bandaranaike (estava vindo de Mascate – de Oman Air), nem achei o trânsito tão caótico. Claro. Era noite. Na manhã seguinte, quando coloquei os pés fora do hotel, levei um susto com a confusão de tuk-tuks, carros e buzinas. Um delicioso caos sem fim. A bagunça era exatamente como eu esperava.

Tuk-tuks em Colombo.

FORTE E PETTAH

O coração da Velha Colombo é o Distrito do Forte, construído pelos portugueses. Eles chegaram ao Sri Lanka em 1505 (na mesma época em que chegaram no Brasil, olha nossas raízes aí!) e fizeram um tratado com o rei de Kotte para negociar a safra da canela (o país sempre foi e continua sendo grande exportador de canela, tanto que a companhia aérea local se chama Cinnamon Air).

Vale lembrar que muito antes disso, esse porto natural já era usado pelos persas, gregos, árabes e chineses como caminho para chegar as Índias (ali pertinho).

Com a promessa de proteger a costa contra possíveis invasões, os portugueses foram autorizados a construir um forte. Rapidamente eles expulsaram os habitantes locais e conseguiram dominar o reino. Até hoje, essa parte da cidade que iniciou pelas mãos dos portugueses é conhecida como Forte. É ali que fica o Palácio Presidencial e a maior parte dos hotéis da cidade. Essa região foi duramente atacada durante a Guerra Civil. Por isso, ainda hoje tem muitos locais fechados por questões de segurança e fortemente policiados.

O ponto central do Distrito do Forte é o Farol da Torre do Relógio, construído em 1857 com a intenção de ser o ponto mais alto da cidade. Praticamente em frente a Torre do Relógio fica o Farol Old Galle Buch construído em 1954 e que conta com uma base naval. Ainda nessa região vá ao Dutch Hospital que não é mais um hospital, após passar por reformas, o prédio do século XVII, virou um Posto Policial de 1980 a 1990, e recentemente foi transformado num local bacana com cafés e restaurantes.

Farol Old Galle Buch, Colombo.

Na Velha Colombo visite também o templo hindu Sri Kailawasanathar Swami Devasthanam que tem uma fachada linda.


Sri Kailawasanathar Swami Devasthanam.

A área fora do Forte é chamada de Pettah e engloba um centro comercial caótico, repleto de ruelas com lojinhas e mercados que vendem desde ervas medicinais, artesanato e roupas, até telefone celular. Se tiver interesse aproveite para visitar o Museu do Período Holandês que conta sobre a dominação holandesa.

Pettah.

Ainda nessa região visite a Mesquita Jami ul-Alfar, um dos cartões-postais de Colombo nas cores vermelha e branca.

Mesquita Jami ul-Alfar.

NA PAZ DOS TEMPLOS BUDISTAS

Depois de explorar a loucura dos mercados, é hora de entrar na paz do Templo Budista de Gangaramaya, um dos mais antigos da cidade. O complexo é formado por vários prédios e um museu que coleciona centenas de objetos doados ao longo dos anos. Estranhamente tem até uma coleção de carros antigos. Vale tirar os sapatos, cobrir os ombros e dedicar um tempo circulando por ali.

Templo Budista de Gangaramaya.


O Templo Gangaramaya é considerado muito sagrado no Sri Lanka.

Pertinho, com o mesmo bilhete de ingresso, visite o Templo Seema Malaka no lago Beira, uma obra recente, do século XX, do renomado arquiteto Geoffrey Bawa. De uma paz incrível em pleno centro da cidade.

Templo Seema Malaka.

Aliás, o antigo estúdio de Geoffrey Bawa virou um dos lugares mais trendy de Colombo, The Gallery Café.

MEMORIAL DA INDEPENDÊNCIA

O memorial foi construído em 1948 quando o Sri Lanka se tornou independente da Inglaterra. O parque é ponto de encontro dos locais para praticar atividade física (quando o calor permite) e de mães passeando com seus filhos.

Memorial da Independência.

CINNAMON GARDENS

Esse subúrbio de Colombo tem alguns locais que merecem uma visita. Entre eles o Vihara Mahadevi Gardens que ostenta uma enorme estátua budista em frente ao prédio da nova prefeitura e o Museu Nacional. Alguns quilômetros dali fica o templo budista mais importante de Colombo, o Kelaniya Raja Maha Vihara.

Vihara Mahadevi Gardens.

Museu Nacional.

UM ENCONTRO COM A ARTE

Se você está a procura da arte do Sri Lanka explore Paradise Road Galleries e Barefoot Gallery.

Máscaras do Sri Lanka.

PARA TER BONS SONHOS

Fique hospedado no novíssimo e elegante Shangri-La Colombo. Um hotel super bem localizado, luxuoso, com bom preço e serviço impecável. Já virou ponto de encontro na cidade. Os quartos tem janelões envidraçados de frente para a Torre da Flor de Lótus.

Shangri-La Colombo.

PARA COMER BEM

Ministry of Crab (um clássico na cidade),
The Gallery Café (super trendy),
Nihonbashi (japonês),
Nuga Gama (um vilarejo tradicional para provar a comida do Sri Lanka),
Barefoot Café (para almoçar no reduto da arte).

SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR

Viajei para o Sri Lanka com uma amiga. Nos sentimos seguras o tempo todo. Vi várias mulheres viajando sozinhas sem problema. As pessoas nos receberam com muita gentileza e simpatia em todos os lugares por onde passamos no país.

Colombo é uma cidade segura.

USANDO O PODER DE BARGANHA

Seja num passeio de tuk-tuk ou comprando uma peça de artesanato, negocie o preço. A proposta inicial pode sempre ser reduzida.

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O Sri Lanka pede passagem


Colombo.

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COMENTÁRIOS

  1. Nunca pensei que Colombo fosse uma cidade tão interessante. Imaginava-a apenas como a porta de entrada no Sri Lanka. Ótimo post.

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